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Espiritualidade no Mundo Corporativo

Mundo Corporativo e Espiritualidade, para muitos, à primeira vista, são dois temas completamente opostos e conflitantes. Falar sobre dinheiro e carreira é natural em nosso ambiente profissional e, também, no social. Mas, quando o assunto é espiritualidade, quase sempre é evitado, quando não, proibido - seguindo o ditado popular “religião, política e futebol não se discutem.”

Essa proibição social impede as pessoas de conscientizarem seus conflitos, o que impacta numa sociedade desequilibrada e injusta, composta por seres humanos com dificuldades de se comportarem como tal, de viverem conforme sua essência -espiritual. Viver espiritualmente não é viver religiosamente, é viver virtuosamente.

Confundir espiritualidade com religião contribui para esse estranhamento, mas o principal fator é que vivemos em uma sociedade materialista. Nesse contexto, ser bem sucedido é ganhar muito dinheiro, possuir bens e alcançar status. O desenvolvimento de uma pessoa não tem nenhuma relação com viver espiritualmente, com nossa capacidade de realização e contribuição com o próximo e a sociedade.

Nos anos 20, Edward Bernays colaborou significativamente para o crescimento do dessa ideologia, com a psicologia do consumo - aplicando estudos de seu tio Freud, sobre a vida interior dos seres humanos, em benefício das empresas fabricantes, associando seus produtos aos desejos mais íntimos das pessoas. A partir daí até mesmo partidos políticos fizeram uso desses conhecimentos para alcançar seus objetivos.

Ao longo dos anos, as corporações também abriram os olhos para relação da vida interior de seus colaboradores com a sua produtividade e rendimento interno, adotando estratégias de endomarketing – marketing interno. Atualmente, vemos algumas grandes empresas dando alguns passos para inserir a espiritualidade no ambiente de trabalho, com treinamentos abordando Inteligência Emocional e Espiritual, criando espaços para meditação, no intuito de obterem resultados positivos para a empresa e para os funcionários, tanto a nível profissional como pessoal, como: estabilidade emocional, melhora na saúde física e mental, relacionamentos interpessoais mais harmoniosos, maior foco, criatividade, etc.

Mas a questão fundamental, não é levar a espiritualidade para o trabalho, é não rejeitar, omitir ou deturpar a espiritualidade inata em nós e na nossa ação de trabalho. Existe algum trabalho que não cultiva vida interior? O escritor, poeta, educador e filósofo argentino Jorge Ángel Livraga Rizzi dizia que “trabalhar é orar com as mãos”.

Todo trabalho é por si só transcendental! Se consciente, um artista pode inspirar paz e harmonia através de uma música ou de uma pintura; um político pode servir a população com projetos de lei, serviços e obras públicas; um chef de cozinha pode nutrir seus clientes não só pela riqueza dos alimentos, mas pela beleza e aroma de seus pratos.

O trabalho é uma ponte entre o mundo interior e o mundo exterior. É uma das maravilhosas oportunidades de autoconhecimento, desenvolvimento, prosperidade e de fazer a vida valer a pena, e conhecer os fatores psicológicos que nos afastam dessa realidade é decisivo para nossa felicidade.

Uma palestra motivadora para a mudança de conceitos e atitudes e a conquista do real desenvolvimento. 

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